Gêmeos Potter - One-shot: a Harry Potter Fanfiction

"Tive um sonho estranho essa noite" anunciou Eliza ao se sentar na mesa na manhã de terça. Raphael olhou para ela, divertido.
"E como foi esse sonho?" perguntou
"Bom" ela disse "foi mais ou menos..."
⚡⚡⚡
Harry sentou ao lado de Draco na mesa da Sonserina depois de falar com seus pais sobre ter socado seu irmão Nicholas Potter, o menino que sobreviveu. É claro que Harry, como o Sonserino que era, conseguira escapar de uma detenção, ainda que tivesse perdido alguns pontos.
Ora, não era culpa dele que Nic estava sendo um idiota. Ele começara a irritar Harry depois da aula de DCAT, falando que ele pertencia à casa das cobras por ser um bruxo das trevas, e não parara até depois do almoço, quando Harry finalmente perdeu a paciência e deu um soco no nariz de Nicolas.
Ele sinceramente não sabia como seus pais não viam o arrogante imbecil que o filho deles era.
Há doze anos, quando Harry e Nicholas tinham um ano de idade, Lord Voldemort havia tentado matar os dois. A história mais recorrente era que Nic havia salvado Harry, e Lily adorava acusar seu filho mais velho de que ele não era grato o suficiente por ter sido salvo por seu irmão. Na verdade, Harry e Nicholas eram iguais: até a cicatriz em forma de raio na testa foi deixada por Voldemort nos dois.
Dumbledore apenas presumiu que Nicholas iria ser o Escolhido e todos viram aquilo como um fato.
Quanto a James, Harry nunca o considerou um pai. Como poderia quando a única coisa que James fazia era rebaixá-lo?
Seja mais como seu irmão, seu imprestável.
Seu irmão é tão bom em Quadribol, e você Harry, já sabe o que é uma vassoura?
Essas frases eram as mais leves e as mais frequentes quando James se dirigia a Harry.
Os únicos que pareciam se importar minimamente eram Remus e Sirius, seu padrinho. Mesmo assim, não o suficiente para perceber que ele precisava desesperadamente sair da família Potter - e nunca mais voltar.
Harry percebeu que seus pais, Remus e Sirius haviam decidido ficar para o jantar. Ótimo. Ele remexeu a comida com mal humor até que viu Draco Malfoy sentando ao lado dele.
"Como foi?" Perguntou o loiro enquanto olhava para Harry com preocupação.
"Tão bom quanto eu esperava" o Potter respondeu com um grunhido.
"Boa noite, alunos" disse o diretor com os olhos azuis brilhando "não vou desperdiçar o tempo de vocês, por isso, podem começar a comer"
Antes que qualquer um fizesse qualquer movimento, no entanto, uma luz tomou a frente do salão e, de repente, a porta se tornou um portal, que mostrava uma sala que Harry conhecia muito bem.
"É a sala de estar da Potter Manor" constatou James para quem quisesse ouvir, o que fez Harry revirar os olhos. Todos prestaram atenção, no entanto, quando um menino de cabelos azuis entrou e palavras apareceram embaixo dele:
Potter Manor, 2021
"Como isso é possível, Albus?" Lily perguntou, assustada. Ela imediatamente olhou para Nicholas, que franzia a testa para a cena que passava na porta do Salão.
"Explicarei isso depois, Lily, querida" o diretor disse enquanto observava a cena se desenrolar.
Um menino que era muito parecido com James quando este era moço passou pela porta parecendo mal humorado, seguido de uma menina ruiva que lembrava a todos de Gina Weasley (ela também estava mal humorada), então um menino que lembrava Nicjolas e Harry sem os óculos e a cicatriz, e mais quatro adultos. Todos arregalaram os olhos quando identificaram o quarteto.
"São a Gina e o Rony" disseram os gêmeos Weasley sem necessidade "e a Hermione e o Nicholas, ou o Harry"
Rony olhou para Nicolas com um sorriso simpático.
"Parece que viramos amigos" disse o ruivo. O Potter o encarou com o nariz torcido, como se o garoto cheirasse mal.
"Não se eu puder evitar, Weasel" disse Nicolas, fazendo as orelhas de Rony ficarem vermelhas de vergonha.
"Não fale com ele assim, Potter" Gina sibilou perigosamente para Nicolas enquanto o Salão Principal inteiro observava: a imagem havia parado, estava aguardando.
"Eu falo do jeito que eu quiser, Ginevra" disse o menino que sobreviveu em tom de deboche.
"Você..." Disse Fred
"É..." George
"Um idiota" os Gêmeos terminaram juntos.
"Meu filho não é um idiota!" Lily gritou para os Weasley, puxando Nicholas para si e mais uma vez fazendo Harry revirar os olhos, mas agora ele estava preocupado, pois James encarara os Weasley com um olhar afiado e Harry sabia que o pai dos ruivos trabalhava no Ministério.
Isso poderia ter custado o trabalho do pai dos Weasley. E Nicholas sabia disso, o bastardo. Ele fingiu chorar para que Lily ficassem ainda mais agitada e James ainda mais bravo.
Sirius e Remus olhavam para o casal e o filho com desgosto mal velado. Todos se voltaram para a memória e ela continuou.
"Eu simplesmente não acredito que somos aparentados com aqueles cinco!" Disse o garoto que se parecia com James.
"Eles são tão imbecis" o que parecia com os gêmeos Potter fez uma careta "O pior é que eu tenho a aparência daquele verme"
"Ei!" Um dos adultos que parecia ser Nicholas reclamou "eu e seu tio somos gêmeos"
Nicholas e Harry se entreolharam com desprezo mútuo enquanto todos alternavam seus olhares entre os gêmeos.
"Desculpe, pai" o garoto murmurou com um bufo.
"Sem problemas, filho" replicou o mais velho com um meio sorriso um tanto sonserino, denunciando sua identidade "seu tio Nicholas não ganhou a inteligência da família, mesmo"
James encarou o filho na mesa da Sonserina, alternando entre ficar chocado e revoltado.
"Você teve filhos, querido!" Disse Lily fazendo Harry erguer uma sobrancelha para ela. A mãe não parecia nada animada por isso.
"Você chamou Nicholas de burro!" James brigou com um esgar de raiva em sua voz "como pode dizer isso do seu próprio irmão?"
"Dizendo" Harry respondeu dando de ombros enquanto sentia o olhar de Snape queimar a lateral de seu rosto.
A imagem continuou e a família riu.
"Sinceramente, papai" a menina parecida com Gina disse para Harry, que ofereceu a ela um sorriso. O sorriso foi o mais lindo que Hogwarts já viu. Era um sorriso de encanto misturado a surpresa, como se o Harry mais velho estivesse ouvindo essa expressão pela primeira vez "eu não sei como você conseguiu conviver com o vovô e a vovó sempre falando do tio Nicholas. Enche o saco."
"Eu que o diga" murmurou Harry e ninguém além de Draco ouviu.
"Minerva Potter!" Gina mais velha repreendeu a menina, que murmurou:
"Desculpe, mãe"
"Você casou com a nossa irmã" disseram os Weasley em uníssono. Gina e Harry se encararam e coraram. Os dois se gostavam desde o ano passado. Não que soubessem dos sentimentos um do outro.
"Mas Minnie está certa, mamãe!" concordou o garoto parecido com James "até vovô Lucius é melhor que isso"
Todos do salão olharam para Harry e Draco, que se entreolharam de sobrancelhas franzidas.
"Se preferem visitar Lucius, vocês realmente devem ter detestado conhecer seus avós paternos" Harry respondeu com um sorriso tristonho.
"Não é isso" disse o filho do meio rapidamente "é só que eles são um tanto... "
Ele tentou achar a palavra, mas Rony interrompeu:
"Idiotas, egoístas, autocentrados, tão orgulhosos de si mesmos que não tem olhos para outra coisa se não Nicholas Potter?"
Lily e James deram a ele um olhar de superioridade, mas Lily corou de vergonha quando a neta mais nova - Minerva - concordou.
"Como vocês aguentaram?" Os três acabaram perguntando. Os quatro adultos se entreolharam e depois Harry trocou um olhar significativo com Gina e o menino de cabelos azuis, que havia ficado quieto até o momento.
"Sentem-se, crianças" disse Harry, por fim, com um suspiro "eu vou contar uma coisa para vocês"
Minerva e os dois irmãos dela se entreolharam e sentaram todos no mesmo sofá. O menino de cabelo azul, Rony e Hermione sentaram juntos, de frente para as crianças. Gina e Harry sentaram lado ao lado em poltronas próprias.
"Quando eu era criança, como vocês sabem, Voldemort tentou matar a mim e a Nicholas" começou Harry e foi interrompido pelo filho mais velho:
"Sim, pai, sabemos. A escola faz o favor de nos lembrar disso a cada cinco minutos"
"Não interrompa, Sirius" Almofadinhas engasgou com a saliva e olhou para o afilhado, atônito.
"Você nomeou seu filho depois de mim" o homem disse, fitando os olhos verdes de Harry, que assentiu, ainda que parecesse confuso.
O menino - Sirius - fez uma careta e disse:
"Pai! Não me chame assim, você sabe que eu me sinto como tio Pad quando você usa meu nome"
"Não sei do que você está reclamando" disse o do meio "Seu nome não é Alvo Severus Potter"
Todos olharam para a imagem, chocados demais para falar algo. Harry, no entanto, moveu seu olhar para Snape, que assentiu em apreço pela homenagem. James, por outro lado...
"Você deu o nome do ranhoso para o seu filho, mas não deu o meu, seu ingrato!" Ele atirou as palavras para o filho, que pegou-as e rebateu:
"Eu não posso ser grato por algo que eu nunca tive."
E voltou sua atenção para a cena. Sirius analisou o afilhado, notando pela primeira vez o quão magro e pequeno ele era, como tinha sinais de má nutrição, como tinha manchas escuras abaixo dos olhos. Merlin, o que Lily e James haviam feito para aquela criança?
"Chega, meninos" disse Hermione com a voz firme e calma. Ela estava muito bonita agora que tinha crescido.
"Sim, tia Mione" os três disseram em unissono.
"Meu irmão foi considerado o Menino que Sobreviveu e eu... Era o irmão dele" Harry deu de ombros ao ver os filhos franzindo a testa para ele "no nosso primeiro ano de Hogwarts, eu fui sorteado para a Sonserina e fiquei amigo de seu tio Draco. Nicholas, na época, adorava fazer piadas sem graça e pregar peças nos outros."
"Tipo eu, tio Fred e tio George?" disse Sirius com uma pontada de esperança, mas Rony bufou:
"Não deixe os gêmeos saberem que você disse isso. Nicholas não tinha nada a ver com o que vocês faziam."
Os gêmeos, no salão, acenaram fervorosamente.
"Para você ter uma ideia" disse Gina "a ideia do seu tio de uma piada eram cartas-bomba"
Sirius olhou para a mãe parecendo chocado e ultrajado.
"Como ele ousa envergonhar o nome da família desse jeito?" Harry brincou, mas James não levou assim. Ele olhou para o filho, furioso e falou:
"Nicholas nunca envergonhou o nome da família! Você, por outro lado, seu invejoso..."
"Chega" disse Sirius, olhando do melhor amigo para o afilhado com um brilho atônito "isso é suficiente, James."
O homem olhou para Almofadinhas, incrédulo, mas ficou quieto. Lily apenas observava a imagem, hesitante.
"Agora que já esclarecemos a inteligência do seu tio, deixe-me contar uma coisa" disse Harry e seus filhos se inclinaram para frente, ansiosos, enquanto podia-se ver Rony e Hermione se mexendo desconfortavelmente "seus tios, aqui, adoravam serem amigos dele. Até o meu segundo ano, Rony e Hermione sempre andavam com Nicholas, ou tentavam, pelo menos"
Sirius, Alvo e Minerva olharam para os tios como se eles tivessem uma cabeça a mais. Rony deu de ombros.
"E o que aconteceu para que vocês virassem amigos?" perguntou Alvo.
"Veja bem, Al" disse Gina, corando "Eu aconteci"
Diante dos olhares confusos de seus filhos, Harry começou a explicar:
"Eu e sua mãe matamos o basilisco da Câmara Secreta"
"Mas eu pensei que era só uma lenda!" Alvo disse, impressionado.
"Para todos" concordou Harry "exceto para nós. Sua mãe estava tendo a vitalidade dela sugada para um diário que pertenceu a Voldemort. Ela me contou isso, achando que eu era o Nicholas, mas não havia tempo de ir buscá-lo, por isso eu fui com a sua mãe até a Câmara e nós matamos o basilisco e o diário, para que Tom não pudesse voltar. Ninguém nunca soube e Gina só contou para os irmãos"
"Nem mesmo vovó Molly e vovô Arthur?" Perguntou Minerva, parecendo não concordar com aquilo.
"Já faz muito tempo, não há necessidade de preocupá-los a toa" interrompeu Gina. A imagem parou e todos encararam a garota e Harry.
"Senhores, isso é verdade?" Dumbledore perguntou com seriedade. Harry e Gina se entreolharam, coraram e acenaram afirmativamente. Todos os outros arfaram em choque. O diretor olhou na direção de Harry e disse:
"Sr. Potter, vá para a minha sala assim que isso acabar"
A imagem continuou a se mover, chamando atenção de todos.
"E depois disso vocês viraram amigos?" Perguntou Sirius com esperança.
"Desculpe, Siri" disse Harry "Rony me respeitava depois de eu ter salvado sua mãe, Hermione nunca teve nenhum problema comigo, só falta de assunto mesmo. Mais tarde naquele ano, depois que Nicholas aprontou uma comigo, eles me defenderam e pagaram o preço. Foram totalmente excluídos da Grifinória."
"E começamos a virar alvo de chacota e piadas deles também" Hermione reclamou, fungando "mas depois que Harry ouviu sobre isso, já no nosso terceiro ano, ele veio até nós e se desculpou"
Ela sublinhou as últimas palavras como se fossem absurdas. Todos olharam para Harry, chocados com a conduta do menino, que se encolheu. Remus suspirou e olhou para James e Lily com decepção. Nunca pensara que seus amigos pudessem ser tão negligentes com seu filho mais velho.
"Lily e James sabiam disso?" Sirius perguntou com um olhar afiado para o pai, que encolheu os ombros e respondeu:
"Nunca souberam sobre a Câmara, mas eu falei de Rony e Hermione para os dois. Não que eles tivessem me ouvido, de qualquer forma"
Lily olhou para a mesa da Grifinória, onde Rony mandava para a mesa da Sonserina um olhar pesaroso e Hermione baixava a cabeça com lágrimas nos olhos. Assim como acontecia na imagem com suas versões mais velhas. Harry continuou:
"Nós ficamos amigos e foi um escândalo: dois sonserinos amigos de dois grifinórios."
"Dois?" Perguntou o salão.
"Dois?" Ecoaram as crianças.
"Draco também" disse Harry.
"Por que foi um escândalo? São só casas. Comemos e fazemos amizade sempre com pessoas de outras casas" disse Sirius sem fazer caso e Minerva bateu na nuca dele e disse:
"Você nunca lê, não é, Siri?" A garotinha revirou os olhos "em Hogwarts, Uma História, você fica sabendo que o salão principal, antes da guerra contra Voldemort, era divido em quatro mesas, uma para cada casa"
"Sério?" Perguntou Albus, que havia ficado quieto. Harry assentiu.
"Depois que Voldemort destruiu a escola, Minerva achou melhor que as casas não fossem separadas nas horas das refeições (apenas no primeiro dia, para organização da seleção) para não haver preconceito ou rivalidade entre as casas"
"Voldemort destruiu a escola" a maioria dos alunos murmuravam, apavorados.
"A Batalha de Hogwarts" disse Sirius com um olhar sombrio "onde os pais do Teddy morreram"
O menino de cabelos azul trocou um olhar com Sirius, Albus e Minerva e sorriu suavemente quando os três o abraçaram.
"Sim" concordou Harry "onde Remus e Tonks morreram"
Remus ficou estático. E olhou para o menino de cabelos azuis enquanto ele encarava Harry com intensidade e lágrimas nos olhos.
"Remus e Tonks eram os melhores" disse Rony "pode imaginar que mamãe e Gina queriam ela com Gui?"
"Foi no tempo em que sua avó e sua mãe não gostava da sua tia Fleur" esclareceu Harry para os filhos e Teddy fez uma careta.
"Fico feliz que ela não tenha escolhido tio Gui... sem ofenças, padrinho"
"Nenhuma, Teddy" respondeu Harry, rindo.
Remus e Harry trocaram olhares chocados, mas foi o menino que se recuperou primeiro.
"Eu... Hm... obrigado por me declarar padrinho de Teddy" disse Harry, hesitante. Remus assentiu, ainda completamente chocado. Quem era Tonks?
"Vocês ficaram amigos no terceiro ano..." Encorajou Albus.
"Certo, foi no terceiro ano que Remus começou a notar que havia algo errado na maneira como meus pais me tratavam" disse Harry com um suspiro "mas ele não conseguiu convencer Sirius do mesmo até o fim do ano seguinte"
A reação das crianças foi imediata ao ouvir falar do 'próximo ano'. Eles empalideceram visivelmente e agarram as mãos um do outro.
James, que olhava para Remus com uma expressão traída, sentiu-se obrigado a olhar quando viu os netos com tanto medo.
Lily, que tinha as mãos cruzadas no peito de Nicholas, tinha um olhar perdido e cauteloso.
"Vocês sabem o que aconteceu no meu quarto ano" disse Harry, soltando a respiração que estava prendendo "sabem o que aconteceu, aprenderam sobre isso"
"Voldemort voltou" sussurrou Minerva com lágrimas nos olhos. A menina correu até o pai e o abraçou apertado "e torturou você"
"Eu e seu tio fomos inscritos no Torneio Tribruxo contra nossa vontade por um Comensal infiltrado em Hogwarts, que nos levou até Lord Voldemort" concordou Harry "Rabicho usou o sangue de Nicholas para voltar, mas quando Voldemort voltou, foi comigo que ele quis duelar"
O diretor arregalou os olhos, chocado. Ele sabia muito bem o que aquilo significava, mas não era possível. Nicholas...
O Harry da memória ficou um tempo em silêncio, os olhos perdidos em lembranças dolorosas até que Gina agarrou a mão dele, despertando-o desse transe.
"Nós duelamos, eu consegui nos tirar com vida daquele maldito cemitério e Nicholas foi levado para que Madame Ponfrei cuidasse dele." As crianças pareciam ter entendido que o pai não foi socorrido e esperavam em um silêncio doloroso "eu fui levado até o escritório de Dumbledore para falar o que havia acontecido. É claro que ninguém acreditou quando Dumbledore quis poupar Nicholas e declarou que, segundo o meu testemunho, Voldemort voltara."
"Harry, já é hora deles dormirem, amanhã você conta mais" disse Hermione sem dar atenção à reclamações dos sobrinhos. As crianças fizeram seu rumo para fora da sala enquanto Rony falava:
"Nós vamos colocá-los na cama e ir embora, ok, Harry?"
Harry acenou e Teddy se levantou, falando:
"Eu também preciso ir, padrinho, Vic deve estar esperando"
"Tchau, Teddy" disseram Harry e Gina enquanto o menino ia até a lareira e usava a rede de Flu para chegar no lugar em que queria.
Remus se perguntou por um momento quem era Vic, mas qualquer pensamento foi tirado da cabeça dele quando, na cena, Gina se levantou e encarou a janela com as mãos se contraindo de raiva.
"O que foi, Gin?" Harry perguntou, preocupado e virando sua esposa delicadamente para ele.
"Eu nunca senti tanta raiva na minha vida antes de ver você na porta do labirinto" Gina disse entre dentes cerrados "como eles ousaram? Nicolas tinha um corte no braço causado por Pettigrew enquanto você tinha passado pela maldição Cruciatus mais vezes do que Poppy pôde contar, você teve uma hemorragia interna, pelo amor de Merlin! Como eles puderam se preocupar mais com o idiota do seu irmão do que com você?"
Gina tinha lágrimas descendo por seu rosto, assim como sua versão mais nova, que encarava a cena de olhos arregalados.
Sirius empalideceu enquanto sentia os olhos pinicarem desconfortavelmente. Ele não encarou Lily nem James, encarou Harry que tinha se encolhido na mesa da Sonserina. Os olhos verdes do rapaz brilharam de medo antes de voltar a sua habitual inexpressão.
"Como vocês podem?" Perguntou Rony se levantando e encarando os Potter com aversão "ele é seu filho! Importa tanto assim se ele é ou não o Menino que Sobreviveu? Eu teria nojo de qualquer um dos meus irmãos que fizesse isso"
"Você está certo, Ronald" disse Sirius em uma voz baixa, mas que chamou a atenção de todos no Salão. James e Nicjolas olharam para ele com a testa franzida enquanto Lily parecia ter se dado conta do que fizera com o filho mais velho e começava a chorar silenciosamente. Sirius, no entanto, apenas encarou o amigo de infância e disse "eu estarei levando Harry para viver comigo assim que as aulas acabarem. Vocês poderão visitá-lo a hora que quiserem, mas apenas com a minha companhia, ou a de Remus. Eu não tenho ideia de porquê deixei de acreditar em Moony quando ele me disse que suspeitava da sua negligência pelo Harry"
As palavras de Sirius atingiam Lily como tiros. Ela pensou nos anos que haviam se passado, nas festas, nos eventos, nos jantares em família... E percebeu que Harry nunca tinha estado lá. Percebeu que não sabia qual era a comida preferida do filho, ou da cor, ou se ele gostava de Quadribol... Ela não sabia nada sobre Harry... E ficou surpresa de ele ainda chamá-lo de mãe.
"Em defesa de Lily" disse o Harry da cena "ela realmente tenta, mas não quer brigar com James, nem com Nicholas. Ela os ama e não quer magoá-los"
"Então ela não deveria dar esperanças a você" rebateu Gina com a voz mordaz "caso você não se lembre, Harry James Potter, sou eu quem te abraça por horas até você parar de chorar quando você acorda de algum sonho onde ela te trata bem. Sou eu quem vejo você definhando a cada jantar com eles"
"São meus pais" disse Harry com um tom calmo,as com a voz um pouco trêmula "não posso desistir deles"
Lily sentiu lágrimas começando a se formar em seus olhos. Como ela pôde se esquecer de seu filho mais velho? Como ela pôde ser tão... como Petúnia era? Tudo que ela sempre odiou na irmã... Nela mesma.
"Sirius desistiu, Remus desistiu, até mesmo Dumbledore desistiu em algum ponto, Harry" Gina disse "Merlin, James bateu em você!"
Todo o Salão estava mortalmente calado enquanto Sirius caminhou até o afilhado, pegando-a pelos ombros e perguntando em um voz urgente e cheia de raiva:
"Harry, isso já aconteceu?"
O garoto balançou a cabeça de forma negativa.
"Não" disse verdadeiramente e Sirius o encarou em silêncio antes de puxá-lo para um abraço e sussurrar em seu ouvido:
"Me perdoe, eu vou compensar isso, eu prometo" ele hesitou e disse "eu vou tentar a cada dia da minha vida"
Harry sentiu algo quente se espalhando por seu peito ao abraçar o padrinho de volta.
"Eu sei" disse Harry se sentando na poltrona. Gina sentou em seu colo e as mãos de Harry se apoiaram em seu quadril. Eles se encararam por um tempo e ele acabou falando "eu vou avisá-los que estou cortando qualquer relação, exceto a de sangue, com eles amanhã"
"Vamos passar por isso juntos, Harry" disse Gina encostando a testa na do marido. Ele se levantou, pegando-a no colo com facilidade, e levou-a para fora da sala.
As meninas do Salão suspiraram sonhadoramente ao vê-lo fazer aquilo. Harry entrou no quarto principal e colocou Gina na cama e, deitando também, puxou-a para si. Ela estava deitada no peito dele enquanto Harry encarava o teto.
"Sabe por quê eu me apaixonei por você?" Perguntou ele depois de um tempo.
"Hm" Gina resmungou.
"Por que mesmo quando você estava debilitada, você lutou ao meu lado naquela câmara. Você lutou ao meu lado contra Voldemort. E você lutou por mim. Ninguém nunca havia lutado por mim"
Lily sentiu seu coração bater tão dolorosamente que não conseguiu conter as lágrimas que caíram por seu rosto.
"Eu lutei e vou lutar por você e ao seu lado por toda a minha vida" Gina sussurrou para ele e metade do Salão teve a decência de desviar o olhar para tornar o momento pelo menos um pouco mais íntimo.
"É por isso que eu te amo" Harry disse em um sussurro emocionado e lágrimas em seus olhos "obrigado, obrigado por existir, obrigado por lutar. Obrigado por se doar para mim."
"Sabe por que eu te amo?" Foi a vez da ruiva perguntar "porque não importa o quanto você sofre ou sofreu, você continua a lutar por todos aqueles que você ama e até mesmo por aqueles que detesta. Não desiste de nenhum, nem mesmo de quem te fez mal."
Eles ficaram em silêncio e adormeceram juntos.
A imagem mudou e se tornou uma cozinha. A pia era ocultada pelo balcão preto. Harry estava cozinhando e dois elfos domésticos o ajudavam. Pelo que o salão pôde ouvir, chamavam-se Dobby e Monstro (Sirius estreceu ao ouvir o nome).
Gina observava o marido da mesa quando os filhos de Harry entraram todos juntos em um furacão, quase implorando para que ele contasse o resto da história.
"Acalmem-se" disse Harry com muita paciência "sentem e comam enquanto ouvem"
Os três se sentaram e olharam para o pai em espectativa.
"Eu nunca vou esquecer" Harry disse com seriedade "enquanto eu viver, eu nunca vou esquecer o que aconteceu no dia em que Voldemort voltou. Depois de eu ter falado tudo para Dumbledore, Sirius e Remus apareceram, tinham rodado o castelo inteiro a minha procura. Eles viram meu estado e... bom, eu posso dizer que nunca vi Albus tão envergonhado quanto naquela noite. Os dois me levaram até a Ala Hospitalar, onde Rony, Draco, Mione e Gina estavam me procurando, e foi quando viram Nicholas"
Gina riu ao se lembrar disso e Harry, em resposta, lha deu um leve empurrão, como se ainda fossem recém namorados, antes de continuar.
"James e Sirius brigaram feio aquela noite. Eu nunca havia visto Remus tão fora de si, nem mesmo quando ele recebeu a notícia de que Tonks estava grávida. Ele parecia prestes a matar alguém" todos olharam para o lobisomem com olhares de cumplicidade "Remus e Sirius gritaram com meus pais, apontando para o meu estado. James não se importou, mal olhou na minha direção, na verdade. Lily... ela tentou vir até mim, mas o discurso do meu pai para Sirius e Remus pareceu fazê-la mudar de ideia"
"Dumbledore treinou Harry e os alunos que o seguiam na guerra contra Voldemort em segredo por dois anos antes de morrer. Ele se desculpou com seu pai de um jeito muito... Impactante" disse Gina com um suspiro.
"Ele morreu por mim" disse Harry com um olhar perdido "morreu para me salvar de Bellatriz Lestrange"
"E quem eram esses alunos que Dumbledore treinou?" Perguntou Albus sem poder se conter.
"Eu, seus tios, Luna, Neville, Dino, Draco, Blaise, Astória, Daphne, as gêmeas, Simas, Theo, Ernie..." Disse Gina contando nos dedos "nós nos tornamos a Armada de Dumbledore"
"Como a Ordem da Fênix, nós lutamos contra Voldemort durante os anos de guerra" disse Harry "a Armada sempre foi mais importante que a Fênix naqueles dias. Quase sempre ganhávamos dos Comensais. Até o dia em que Dumbledore descobriu como matar Voldemort de uma vez por todas."
Todos do Salão se inclinaram, curiosos e preocupados, mas a imagem mudou e mostrou uma sala cheia de gente. A família Weasley, Sirius, Teddy, Siri, Alvl, Minerva, a próprio professora McGonagall, Harry, Gina, Rony, Hermione, Draco, Lucius e um menino loiro que parecia idêntico a Draco.
Todos estavam conversando quando uma coruja marrom entrou voando na sala e deixou uma carta cair na frente de Harry.
Ele pegou a carta, leu e empalideceu. Levantou a cabeça e procurou alguém com os olhos urgentemente.
"Sirius" disse em voz alta, fazendo com que todos o encarassem, preocupados. Padfoot foi até o afilhado com os olhos brilhando de curiosidade "olhe isso, acha que..."
Sirius leu a carta e empalideceu como o afilhado.
"Vamos" disse ele dando a carta de volta a Harry e dizendo para todos os outros "nós vamos estar de volta daqui a pouco"
Eles foram até o escritório e sumiram pela rede de Flu. A imagem apareceu em outro lugar.
"A nossa casa de campo" disse James para todos enquanto o som de coisas se quebrando ecoava pela imagem "o que está acontecendo?"
Sirius e Harry apareceram da lareira e se encararam antes de correr pela casa em direção à cozinha. Quando chagaram lá, o que foi visto chocou todo o salão.
Lily estava jogando copos em James, que parecia zangado e tinha um corte na testa.
"Seu filho da puta!" Ela gritava para ele enquanto chorava "eu nunca mais vou deixar você me tocar de novo! Como você pôde?"
"Você está louca!" Ele respondeu também gritando.
"Você me traiu, seu bastardo!" Lily gritou, atirando mais um copo no marido.
Todos do salão chiaram diante da acusação da mulher e olharam para os Potter. Lily tinha os olhos arregalados e quase vidrados, enquanto James parecia apenas irritado. Nicholas estava comendo como se nada estivesse acontecendo, o que fez a maior parte de seus colegas sibilarem para ele com nojo.
"Chega!" disse Sirius tomando controle da situação. Ele segurou os pulsos de Lily com firmeza, mas tomou cuidado para não machucá-la. A mulher olhou nos olhos de Sirius e disse em um suspiro e disse
"Eu fui só mais uma da lista dele, Padfoot, você estava errado"
Sirius não respondeu a mulher, que parecia ter perdido a energia para lutar. Harry acolheu a mãe e tentou sair da cozinha, mas seu caminho foi barrado por James.
"Para onde pensa que vai levar a minha mulher, garoto?" Perguntou com selvageria.
"Primeiro, ela não é uma coisa para pertencer a você" disse Sirius para seu ex-amigo com uma voz perigosamente baixa "segundo, ela é sua esposa, não sua mulher*. Terceiro, ele não é qualquer garoto, Potter, ele é seu filho mais velho e o único que tem poder sobre o seu dinheiro e o seu status, trate-o com o respeito que lhe cabe. Quarto, nós vamos levar Lily para um lugar seguro, bem longe de você."
Sirius foi muito mais rápido que James para pegar a varinha e, no tempo que o segundo colocara a mão no bolso, o primeiro já estava com a própria varinha no pescoço de Pontas.
"Sirius" a voz de James estava firme, como se ele estivesse corrigindo uma criança. Os nós dos dedos de Sirius Black ficaram brancos em volta da varinha "você não quer me machucar, abaixe a varinha"
"Você tem razão, Pontas, eu não quero te machucar" disse Sirius "mas eu vou se você der mais um passo na minha direção, ou na de Lily."
James olhou para o amigo e então para a esposa, que fazia tudo, menos encará-lo. Lily chorava muito.
A Lily presente no salão encarava a si mesma na memória com a testa franzida, como se não entendesse muito bem a própria reação
Harry tirou a mãe da cozinha junto com Sirius. A imagem mudou e revelou um quarto com Lily deitada na cama. Ela parecia cansada e velha. Com o cabelo ruivo começando a ficar grisalho. Estava sentada na cama, coberta e com alguns papéis no colo, para os quais olhava atentamente. Harry entrou no quarto com uma bandeja na mão, Lily olhou para e sorriu suavemente.
"Obrigada, querido" disse a ruiva suavemente quando o filho colocou a bandeja na mesa ao lado da cama. Havia chá, bolinhos e biscoitos.
Harry sorriu e perguntou, olhando para ela com atenção:
"Você está melhor?" Lily sorriu de volta e respondeu:
"Tanto quanto eu poderia estar" Harry olhou para ela por um longo momento e assentiu. Os olhos de Lily examinaram o rosto do filho atentamente, o sorriso sumindo de seus lábios "Sua esposa ainda está brava comigo, não é? Por isso você trouxe isso para mim."
Harry suspirou e sentou-se no colchão ao lado da mãe.
"Gina está tentando, mãe, mas não é fácil perdoar aqueles que prejudicam quem nós amamos, ainda que não tivesse a intenção" ele respondeu com o tom de voz tranquilizador e Lily voltou a examiná-lo.
"Você já está com alguns cabelos grisalhos" ela disse suavemente, quase em um sussurro enquanto passava a mão com hesitação pelo cabelo de Harry, que prendia a respiração "onde estão meus netos?"
"Jogando Quadribol" falou Harry suavemente também "posso pedir para que eles venham te ver depois"
Lily assentiu.
"Eu gostaria disso" ela olhou para ele e perguntou "qual é sua cor preferida?"
"Verde musgo" disse Harry depois de pensar "me transmite calma"
"A minha é azul céu" Lily falou, melancólica. Ela olhou pela janela, onde o céu estava livre de nuvens "queria de ir lá para fora"
"Então vá" disse Harry com simplicidade e riu quando a mulher o olhou com surpresa, como se fosse uma coisa absurda "você não é um prisioneira aqui, mãe"
"Seu pai e seu irmão sempre reclamavam que eu gostava muito tempo olhando para o céu" Lily explicou e o semblante de Harry ficou preocupado.
"Eu lembro" disse o garoto baixando os olhos.
"Eu costumava deitar na grama e pensar na minha vida. Na minha família" Harry estremeceu e voltou a olhar para baixo, para as próprias mãos "você é muito parecido comigo, sabe? Quando eu era adolescente, eu nunca teria deixado o que aconteceu com a nossa família acontecer. Eu detestava James pela arrogância dele e agora... Eu tenho um filho ainda pior, que levou todo o crédito por algo que ele não fez"
A cabeça de Harry se levantou de uma vez, a surpresa estampada por seu rosto, mas Lily não olhava para ele e continuou a falar.
"Mas você não é parecido comigo por causa disso. É porque você detesta a fama, tem desejos simples aos olhos dos demais, gosta de estudar, se dedica aos que você ama com unhas e dentes. Eu era assim antes, mas agora... Eu não sei mais quem eu sou, eu estava tão focada em dar o apoio que James precisava, em passar tempo com Hayden, porque ele morreria lutando contra Voldemort, eu sabia disso. E então, na Batalha Final, eu vi Hagrid carregando o seu corpo e ouvi Voldemort zombar de nós por realmente acharmos que Hayden era o Eleito... Eu tentei lembrar de você, de você vivo, de você crescendo, de você voando em sua primeira vassoura, de você indo para Hogwarts, mas todas as lembranças que eu conseguia evocar de você eram de antes do ataque de Godric's Hollow. E eu me perguntei- Eu me perguntei que tipo de mãe eu era, que tipo de ser humano eu tinha me tornado. Doeu tanto" a voz dela embargou e lágrimas apareceram nos olhos de Lily enquanto ela olhava nos olhos de Harry "doeu tanto te ver nos braços de Hagrid e não poder senti-lo me abraçando pelo menos uma vez, não poder olhar nos seus olhos, eu sabia que tudo estava acabado e que eu nunca me perdoaria pelo que me tornei e pelo que eu não fiz por você. E no meio da batalha, quando você protegeu Gina de Voldemort, se revelando para todo mundo, conversando com ele como se já tivessem se visto muito mais vezes... Eu entendi que todas as coisas incríveis e perigosas que seu irmão tinha feito na verdade tinham sido feitas por você, apesar de eu não saber como. Quando em vi você encarar Voldemort, dizendo para todos que aquela era a sua luta, pânico foi tudo o que eu senti, porque nós sabíamos que era a última batalha e eu não conseguia suportar o pensamento de te perder antes de implorar por perdão."
Harry soluçava com a cabeça deitada no colo de Lily e os braços ao redor dela enquanto a ruiva acariciava o cabelo dele e chorava olhando para o filho.
"Mãe" Harry sussurrou no colo dela enquanto todos no salão encaravam o Harry mais novo e as lágrimas no rosto do garoto de olhos verdes.
"E então você o matou" ela disse "e eu tentei ser sua mãe, mas você estava cansado e zangado, e tinha toda razão em estar bravo, porque eu negligenciei você em favor de Nicholas, eu admito isso, apesar de me arrepender disso mais que qualquer coisa na vida"
"Mãe?" disse o Harry mais, confuso, quando Lily apareceu ao seu lado e se ajoelhou, deitando a cabeça no colo do filho e soluçando.
"Me perdoe, por favor, me perdoe, Harry" disse a ruiva em um vou chorosa e fina. O filho mais velho dela encarou os cabelos cor de fogo da mãe em seu colo antes de acariciá-los gentilmente, com ternura. Gina, na mesa da Grifinória, queria poder ficar com raiva de Lily Potter, mas não podia. Não quando o sofrimento dela era tão claro, tão intenso.
Não quando ela mesma sabia o que era sentir culpa por negligenciar o bem estar da própria família, pensou enquanto se lembrava da Câmara Secreta.
Na memória, Harry chorava no colo da mãe enquanto a porta se abriu, revelando Minnie, Siri, Albus e Gina com expressões que variavam entre choque e satisfação.
Os três mais novos sorriram para a avó quando ela os notou ali e caminharam até se deitar ao lado dela e do pai, tomando cuidado para colocarem os papéis no criado mudo.
Os três não falaram nada, apenas abraçaram a avó e o pai e ficaram sentados ao redor dos dois. Gina e Lily se entreolharam e a nora deu um leve sorriso para a sogra, mostrando que tudo ficaria bem.
A memória voltou a mudar uma última vez e mostrou a família de Harry (Gina, Minnie, Alvo e Siri) fazendo um pic-nic junto de Lily e Sirius, que, o Salão inteiro notou cheio de surpresa, estavam abraçados um ao outro. As crianças corriam e riam, brincando juntas enquanto os adultos, todos abraçados em casais, observavam com sorrisos brilhantes.
A imagem escureceu e então Harry apareceu:
Harry James Potter, 1980.
Casou-se com Gina e teve três filhos com ela.
E então a de Gina:
Ginevra Molly Potter, 1981.
Casou-se com Harry e teve três filhos com o mesmo.
Hermione Jean Weasley, 1980.
Casou-se com Rony e teve dois filhos com o citado.
Ronald Billius Weasley, 1980.
Casou-se com Mione e teve dois filhos com o citado.
Draco Malfoy, 1980
Casou-se com Astória e teve um filho com ela.
Neville Longbottom, 1980
Casou-se com Hannah e teve uma filha com ela.
Astória Greengrass Malfoy, 1982
Casou-se com Draco e teve um filho.
Hannah Abott Longbottom, 1980
Casou-se com Neville e teve uma filha.
James Potter, 1960
Casou-se com Lily Evans em 1979, divorciado em 2015 após 36 anos.
Lily Evans-Black, 1960
Casou-se com James Potter em 1979, divorciada em 2015 após 36 anos.
Casou-se com Sirius Black em 2018.
Sirius Órion Black, 1960
Casou-se com Lily Evans em 2018
Remus John Lupin, 1960
Casou-se com Dora Tonks em 1996
Pai de Teddy Remus Lupin
Morto em batalha em Maio, 1997
Nymphadora Tonks, 1973
Casou-se com Remus Lupin em 1996
Mãe de Teddy Remus Lupin
Morta em batalha em Maio, 1997
Teddy Remus Lupin, 1997
Lufa-Lufa, Auror
Casou-se com Victoire Weasley
Filho de Remus e Dora Lupin
Victoire Weasley, 1999
Corvinal, Medi-Bruxa
Casou-se com Teddy Lupin
Filha de Gui e Fleur Weasley
Dominique Weasley, 2001
Grifinória, Quebradora de Maldições em Gringotes - Montreal
Filha de Gui e Fleur Weasley
Louis Weasley, 2004
Sonserino, Obliviador
Filho de Gui e Fleur Weasley
Molly Weasley, 2000
Grifinória, professora de Ilvemorny
Filha de Percy e Audrey Weasley
Lucy Weasley, 2002
Corvinal, escritora do Profeta Diário
Filha de Percy e Audrey Weasley
Frederick II (Fred) Weasley, 2004
Grifinória, batedor profissional
Filho de George e Angelina Weasley
Roxanne (Roxy) Weasley, 2002
Grifinória, batedora profissional
Filha de George e Angelina Weasley
Rose Weasley, 2006
Grifinória
Filha de Rony e Hermione Weasley
Hugo Weasley, 2008
Lufa-Lufa
Filho de Rony e Hermione Weasley
Sirius Remus Potter, 2004
Grifinória
Filho de Harry e Ginny Potter
Albus Severo Potter, 2006
Corvinal
Filho de Harry e Ginny Potter
Minerva Lily Potter
Sonserina
Filha de Harry e Ginny Potter
Scorpius Malfoy, 2006
Corvinal
Filho de Draco e Astória Malfoy
Alice Longbottom, 2004
Lufa-Lufa
Filha de Neville e Hannah L.
Evan Dursley, 2005
Corvinal
Filho de Duda e Natasha Dursley
James Potter, 2003
Grifinória
Filho de Nicholas e Lilá Potter
Todos se entreolharam ao final das fotos, quando as imagens voltaram a ser apenas a porta do Salão. Lily olhava para aquilo, chocada, assim como todos ali.
"Aquilo foi um vórtice de memórias do futuro" disse Dumbledore, trêmulo da mesa dos professores "é uma dádiva dada apenas algumas poucas pessoas, para que possamos salvar aqueles que amamos"
"E nós vamos" disse Sirius, convicto, movendo-se em direção à Lily e Harry, olhando-os com seriedade "o nosso futuro vai ser mudado"
"Eu vou conhecer meu filho" Remus falou com convicção. Lily não queria largar Harry, mas o fez e disse aos dois amigos:
"Eu não faço ideia do que me tornei, mas eu vou mudar, vou voltar a ser a Lily que eu era. Meus filhos não merecem uma mãe como essa"
"Tudo bem, Lily, temos tempo" Sirius disse enquanto James saía do Salão silenciosamente. Todos o ignoraram e alguns poucos se descolparam com Harry. Ele e Gina se encararam e coraram.
Nenhum deles sentiu a magia ao redor deles, nenhum deles sentidos os fios da vida se reordenamento à volta deles. E muitos anos no futuro, uma cena chamou a minha atenção:
Uma família, composta por 33 membros, fazendo picnin à beira de uma floresta e aos pés de uma mansão. Molly e Arthur velhinhos junto também de Andrômeda Tonks observando da varanda coberta seus netos e um bisneto (ainda que fosse apenas por consideração) brincando.
Gui e Fleur também já não eram tão jovens e observavam o neto, John, dar os primeiros passos na grama do jardim partindo da mãe, Victoire, em direção ao pai, Teddy.
Carlinhos mostrava para Dominique o pequeno dragão cuja espécie ele mesmo descobrirá a alguns anos. A garota tinha algum namorado em sua cola, eu não conseguia lembrar exatamente qual deles era, na verdade.
George e Angelina observavam Fred II e Roxy fazendo truques e brincando com fogos para entreter Minnie e Hugo.
Percy e Audrey conversavam animadamente com Louis, Lucy e Molly II sobre leis, eu acho.
Rony e Hermione observavam Scop, Albus e Rose conversando à sombra de uma árvore enquanto James e Alice estavam abraçados a alguns metros do grupo.
E então, eu vi Lily abraçada à Sirius, conversando com Remus e Tonks, que de tempos em tempos, olhava em direção ao neto, filho e nora.
E então Harry e Gina se agarrando como dois adolescentes em um morro ali perto, deitados para ver o pôr do sol.
Então, sorri. Aquele universo podia não ser o meu, mas com certeza valera a pena lutar por ele como fiz uma vez no meu. Levantei a mão e toquei de leve as cicatrizes em meu rosto, repuxadas por causa do sorriso.
Sim, esse Universo valia a pena, mas não era o meu, por isso eu voltei e... acordei.
⚡⚡⚡
"Tem razão, muito estranho" Raphael concordou, boquiaberto "tem certeza que sonhou tudo isso só ontem a noite?"
Ela bateu no braço dele.
"Bobo" disse mostrando a língua ele deu à esposa um sorriso maroto.
"Há usos mais empolgantes para a língua, senhora Riddle"
"Gostaria que me mostrasse isso, senhor Riddle"

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