Crítica - Romeu e Julieta (2013)
A trágica história clássica de Shakespeare de Romeu Montecchio e Julieta Capuleto, dois adolescentes que se apaixonam perdidamente e decidem ficar juntos. Mas como suas famílias são rivais e estão em uma eterna guerra, vivem um intenso amor proibido.
A mais conhecida história do renomado dramaturgo William Shakespeare é encenada mais uma vez nos palcos do cinema. Naturalmente, todos conhecem a famosa história de Romeu Montéquio e Julieta Capuleto, nossos eternos amantes. Tenho que confessar, no entanto, minha sincera revolta com o final da história (que todos já conhecem): o suicídio é romantizado, obviamente, mas principalmente desnecessário e dramático demais.
É claro que Shakespeare queria retratar o absurdo que era a paixão juvenil, já que Romeu e Julieta tinham 16 e 13 anos, respectivamente, mas o Bardo, como era de se esperar para um homem do século 16, conseguiu o exato efeito contrário na sociedade de hoje: a obra é considerada romântico. Melosa, até, pela maioria dos jovens que conheço, quando a verdadeira história é o exato oposto: ali estão o ódio, a raiva, a vingança e a vergonha de ser privado do amor.
Mas deixando minhas preocupações de lado, vamos ao filme: nosso Romeu, interpretado por Douglas Booth, é cativante e encantador, capaz de amolecer até o mais duro dos corações com sua atuação simplesmente devota ao personagem e à Julieta, interpretada por Hailee Steinfeld, que infelizmente deixa muito à desejar em seu papel, nos entregando uma personagem apagada e caída, que me fez dormir à cada palavra dita.
Para compensar Julieta, no entanto, temos um esplêndido elenco de coadjuvantes, que faz seu trabalho com extrema maestria. Temos nesse grupo:
Ed Westwick como Teobaldo, o primo cheio de raiva e briguento de Julieta.
Paul Giamatti como Frei Lourenço, nosso querido e amado frei, que realizou o casamento entre nossos dois pombinhos e agiu como a estrela guia de ambos.
Kodi Smit-McPhee como Benvólio, um garoto ingênuo e extremamente cativante.
Christian Cooke como Mercúcio, um autêntico bad boy do século 14.
Sinceramente, é impossível assistir o filme e não se apaixonar pelo menos pelos três últimos personagens citados e ficar imaginando qual foi seu destino depois disso. Sendo assim a nota para esse filme é...
Nota: 8.9/10
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