Ordem da Fênix e as Memórias do Passado: a Harry Potter Fanfiction

Albus Dumbledore observava a Ordem da Fênix reunida, olhando de volta para ele.
— O Ministério tomou Hogwarts. – Disse em um voz triste. Sirius se recostou na cadeira, preocupado, Remus pareceu triste, Tonks suspirou com tristeza, Snape estava impassível, Minerva parecia revoltada.
— Aquela... acha que pode substituir Dumbledore. – Disse a professora de Transfiguração um pouco fora de si.
— Eu gostaria de poder ver como tudo isso vai acabar. – Disse Sirius com tristeza. No entanto, algo mudou quando o animagos disse isso. A sala começou a tremer e pareceu desaparecer enquanto os membros presentes se levantavam e pegavam suas varinhas.
Depois disso, eles se viram em meio a uma multidão em um monte de ruínas.
— Onde estamos? – Perguntou Sirius, confuso. Ninguém parecia prestar atenção em nenhum deles. O animago andou até um menino que achou estranhamente familiar, mas não pôde reconhecer e balançou a mão diante dos olhos dele, que nem mesmo piscaram.
— Em Hogwarts. – O diretor reconheceu.
— Mas não podemos estar em Hogwarts! Isso não é a escola, é um monte de ruínas. – protestou Tonks.
— Eu acho que viemos aqui para observar, como um filme trouxa. – Albus respondeu com os olhos fixos em algo atrás de Remus. — Acho que estamos sendo expectadores do futuro.
— Por que acha isso, Albus? – Sirius perguntou.
— Porque Voldemort está morto. – Disse Dumbledore, apontando para um ponto as costas dele. Todos olharam para o lugar e acharam o corpo de Voldemort com seus olhos vidrados abertos e fixando o nada. Dumbledore também disse. — E uma versão mais velha do Harry, do Rony, da Hermione e da Srta. Weasley está parada logo atrás de Remus.
Novamente, todos olharam para onde o diretor apontava e viram o que o diretor afirmou: Harry, parecendo mais velho, estava sentado ao lado de Gina Weasley e de frente para Rony e Hermione. Os três conversavam:
— Harry, o que você disse para Voldemort sobre Snape... É mentira, não é? Quer dizer, Snape não é do bem, é? – Rony perguntou, hesitante. Harry sorriu um pouco para o melhor amigo enquanto a Ordem lançava olhares para Severo.
— É verdade, Ron. Snape e Dumbledore planejaram a morte de Albus juntos. O diretor já estava morrendo quando Snape o matou e, depois disso, ele continuou nos protegendo. – Respondeu Harry e hesitou antes de falar. — a outra parte também é verdadeira, embora ele provavelmente vá me matar por contar isso para todo o Salão Principal depois que eu morrer.
Gina riu disso e os membros da Ordem se encaravam, chocados.
Snape tinha matado Dumbledore a mando do mesmo? Até mesmo Severo perdera a compostura, que conversa era essa de matar o Potter por causa do que ele contou? Será que era... Não, não podia ser.
De todos ali, o diretor era o único que continuava inabalável. De repente, a imagem começou a tremer e desapareceu, assim como antes.
Eles se acharam na Toca e um grito de pura dor os atraiu para dentro. Gina, Hermione Harry e Rony encaravam um espelho quebrado em caquinhos enquanto a forma de George (ou Fred) Weasley saia da sala rapidamente.
Harry foi o mais rápido para se recuperar do choque e subiu rapidamente as escadas, assim como o resto da Ordem e se encontraram no banheiro da casa. Minerva ofegou de horror com o que viu quando Harry abriu a porta.
George (ou Fred) tinha lágrimas escorrendo e soluçava compulsivamente enquanto encarava as mãos ensanguentadas. O vidro dali estava quebrado, também. Harry começou:
— George... – Mas não teve tempo de dizer mais nada, porque George recomeçou a gritar e a quebrar o vidro ainda mais, batendo com as mãos cortadas e cheias de cacos. Ele gritava:
— Não. Não. Eu não posso vê-lo. Não posso...
Harry agiu. Ele pegou George pelos ombros e arrastou-o enquanto o mesmo se debatia em agonia. Os membros da Ordem se encararam, entendendo o que acontecia.
— Molly deve estar tão arrasada. – Remus lamentou parecendo estar em profundo pesar. Ele acompanharam Harry, que levou George para fora, seguido de Gina, Rony e Hermione.
O garoto gritava, agoniado.
— Eu quero que isso acabe... Eu não quero mais que doa...
Harry segurou George pelos ombros enquanto ele se debatia. Minerva olhava para aquilo com lágrimas escorrendo. Snape não demonstrava, mas sabia como o garoto estava se sentindo. Assim como Sirius, que tinha o olhar perdido em outra época enquanto encarava aquilo com tristeza.
Remus e Tonks apenas observavam, angustiados.
— Por favor, faça parar... Por favor, eu não queria mais vê-lo. –implorava George.
A imagem mais uma vez tremeu e desapareceu.
Era noite, mas ainda estavam do lado de fora da Toca. Gina e Harry mais velhos também estavam ali. Harry observava o horizonte e Gina parecia decidida.
— Harry. – ela chamou, o menino meneou a cabeça, mostrando que estava ouvindo, mas continuou a observar o horizonte e Gina estourou:
— Que inferno! Não foi sua culpa!
— Como você pode dizer isso? – Disse Harry, se virando para ela parecendo quebrado. Mais do que qualquer um que observava já o vira. Mesmo depois da Terceira Tarefa. — Todos eles, Sirius, Dumbledore, Dobby, Moody, Remus, Tonks, Fred, Collin, Lilá, todos eles morreram por minha culpa!
A Ordem se encarou, mas a verdade é que estavam muito mais preocupados com Harry. Eles sabiam que teriam de morrer. Apenas lamentavam o fato de sido tão cedo.
— Isso não é verdade! – Gritou Gina de volta. As luzes da cozinha revelaram Molly, Arthur, Rony e Hermione lá dentro. — Eles morreram para nos dar a chance de construir um mundo melhor, uma vida melhor! Remus e Tonks morreram para que Teddy pudesse crescer em um mundo seguro! Sirius morreu porque ele escolheu ir até lá te salvar e eu tenho certeza que ele tem orgulho de como morreu: salvando o afilhado dele, o filho do melhor amigo dele, do irmão dele! Dobby morreu porque amava você e não podia suportar te ver em perigo, como você faria por ele e por qualquer um de nós. Moody morreu como o guerreiro que era e, assim como Sirius, eu tenho certeza que tem orgulho de como morreu!
"Fred morreu para que eu e minha família tivéssemos um futuro de paz, que não seria possível com Voldemort no poder! Collin e Lilá morreram defendendo o que acreditavam e o lugar que amavam e você vai estar desonrando essas mortes se rejeitar essa vida! Se você ir para longe, vai jogar o sacrifício deles para que tenhamos uma vida melhor no lixo..."
Harry tinha lágrimas correndo por seu rosto desesperado e chocado. A Ordem encarou-o e ele fez algo que os surpreendeu mais do que qualquer coisa. Ele avançou os dois passos que o separavam de Gina e beijou-a.
Dumbledore desviou os olhos cheios de lágrimas da cena. Sirius deu um pequeno e rápido sorriso. Remus e Tonks se encararam, emocionados, mas se perguntando quem seria Teddy. Minerva tremia com lágrimas em seu rosto. Snape encarava a cena com hesitação. A imagem mais uma vez começou a tremer e desaparecer.
Estavam na cozinha da Toca. Toda a família Weasley estava ali e também Harry e Hermione. Eles notaram Percy conversando seriamente com Arthur Weasley. George tinha a sombra de um sorriso nos olhos, mas eles não brilhavam como quando Fred estava vivo, nem a boca se curvava no mesmo sorriso travesso. Havia algumas mulheres também. Sirius reconheceu Fleur Delacour, que segurava um bebê, ao lado de Gui. Uma morena ao lado de Fred, uma garota pálida de cabelos castanhos e olhos azuis conversava com a morena. O Trio de Ouro conversava e a Ordem se dirigiu até eles, escutando com cuidado.
— Eu consegui desfazer o feitiço. – Dizia Hermione, parecendo resplandecer de felicidade. — E meus pais se lembraram de mim!
— Ficamos muito felizes por você, Mione. – Disse Harry, sorrindo carinhosamente para a menina.
Rony passou o braço pelos ombros da garota, que sorriu e se aconchegou ainda mais e se aconchegou ao abraço. Gina desceu as escadas e entrou na cozinha com os cabelos ruivos molhados.
A atenção de Harry foi imediatamente para ela e a dela, para ele. Eles trocaram um sorriso
cúmplice e ela foi até ele, deu-lhe um selinho, e sentiu-se ao seu lado. Harry passou o braço pelos ombros dela e a puxou para si em uma gesto natural, como se nem precisasse pensar para fazer, como se apenas seguisse um instinto.
— Então. – Ele disse, relaxado. — Como foi seu último dia em Hogwarts?
— Ah, você sabe. – disse Gina abanando a mão. — de sempre, muitas lágrimas de saudade, pessoas se abraçando, muita comemoração e pessoas pulando peladas no lago...
Eles riram, felizes.
— Ah, cara. – Disse Rony. — Eu sinto tanta falta da escola. O treinamento para Auror é difícil para caramba.
— Você adora– Disse Hermione, brincando.
— Gin. – falou Harry. — Você vai aceitar o emprego como artilheira no Harpias?
— Não sei ainda. – Disse a garota.
E foi assim que a memória prosseguiu, sem conversas que envolvessem Voldemort ou mortes ou qualquer coisa do gênero. No fim, a Ordem ficou sabendo que a morena era esposa de George, Angelina Johnson. Ela era atual namorada de Fred, mas Remus sugeriu que eles tivessem se apaixonado enquanto tentavam superar a morte de Fred. Que a de cabelos castanhos era esposa de Percy, Audrey, e que o bebê no colo de Fleur (que era casada com Gui), era Victoire Weasley, a primeira neta de Molly.
No fim, Gina disse que iria se retirar e estava no meio da cozinha antes que Harry se levantasse e a chamasse:
— Gin! – Ela se virou, curiosa e ele foi até ela com uma pequena caixa preta bem escondida na mão. A Ordem se entreolhou, sabendo o que iria acontecer. Harry chegou até ela, beijou-a e ajoelhou-se. Gina arregalou os olhos e pareceu prestes a ter um ataque. — Casa comigo?
Molly deu um gritinho de emoção e Arthur parecia emocionado. Os irmãos de Gina sorriam suavemente para aquilo, assim como suas esposas.
Gina sorriu, um pouco corada e disse:
— Sim. – Ela sorriu, radiante. — Claro que sim!
Harry pareceu ter se livrado do mundo e ficou em pé, beijando a agora noiva.
A imagem voltou a tremer e desapareceu.
Era um casamento. Sirius sorriu, reconhecendo os amigos de Harry e Gina. Principalmente Luna Lovegood, que dera comida para ele quando estava em Hogwarts como cachorro no terceiro ano do Harry. Todos resplandeçam de alegria e George Weasley fazia piadas, apesar da sombra triste permear seus olhos, assim como os de Angelina, ao seu lado.
Eles viram Percy e Audrey com um bebê no colo. Chamaram-no de Molly. A Ordem sorriu para aquilo, feliz que os Weasleys tivessem Percy de volta.
Victoire, filha de Gui e Fleur, coxeava por aí com seus passinhos vacilantes enquanto a mãe corria atrás dela.
Finalmente a cerimônia começou e a Ordem se posicionou atrás do... padre? A autora não tem ideia, segue a vida e vamos chamar de padre, mesmo.
Eles se espantaram ao ver Rony e Harry entrando juntos, ambos parecendo meio nervosos, meio radiantes. Em seguida de algumas palavras do padre, as noivas foram chamadas e Hermione e Gina entraram. Linda, radiantes, totalmente maravilhosas.
O grupo assistiu o casamento atentamente. Sirius assobiou alto quando Harry e Gina/Rony e Hermione se beijaram. Durante a festa, Remus e Tonks observaram com curiosidade um menino de cabelos verdes andar em direção a Harry e agarrar a perna dele.
— Padi! Padi! – A criança sorriu e Remus sentiu como se seu coração estivesse aquecido. Não sabia o motivo, mas sentia que amava aquela criança. Tonks sentiu algo parecido. Harry riu e pegou o menino no colo.
— Oi, Teddy! – Saldou Harry com um sorriso carinhos. — Onde está sua avó? Você fugiu dela de novo, não é?
— Qué Padi! –Exclamou Teddy jogando os bracinhos para cima e mudando a cor do cabelo para vermelho. — Vovó Domeda má! Vovó não dessa comê bolo!
Tonks engasgou.
— Vocês ouviram?! É meu filho! É meu Teddy! – Ela exclamou, lembrando de estar morta. — Minha mãe o criou.
— Agora só falta saber com quem você fez ele. – Disse Sirius com um semblante inocente, mas não escapou do tapa que Tonks deu nele. Remus observava Teddy com cuidado.
— Se a vovó Andrômeda é má e você está bravo com ela, então porque não brinca com Victoire? – Harry sugere e o menino cora.
— Vic tá bava comigo, puquê eu disse que ela é muito nova para ser mia'miga– Disse ele. Gina e Harry trocaram um olhar de reconhecimento e Harry sugeriu:
— Então vá até ela e peça desculpas.
o menino foi em direção às menininha, hesitante. Gina e Harry voltaram a se olhar com sorrisos tristes.
— Ele é tão parecido com Remus. – Disse Gina.
— Mas tem o gênio e a capacidade para acidentes de Dora. – Completou Harry.
Remus olhou para aquilo, embasbacado, enquanto Tonks comemorava ao seu lado.
— Eu falei para você que não me importava com você ser um lobisomem, ou pobre ou mais velho! – Ela gritou, se jogando nos braços dele. Remus, como que por reflexo, passou os braços em torno dela. — Você finalmente cedeu e nós tivemos um filho!
— Mas... E se ele... – Começou Remus, apavorado com a possibilidade de Teddy ser um lobisomem.
— Harry nunca deixaria de ajudá-lo por causa disso. – Disse Sirius. — Nem Andrômeda, mas você não precisa se preocupar com isso, Moony.
— Como não preciso me preocupar? – Berrou Lupin. Sirius apontou para o céu noturno.
— É lua cheia. – Disse o animago.
Remus encarou a lua pela primeira vez desde que se lembrava sem estar na forma lupina. Ele voltou a olhar para Teddy, que brincava com a pequena Victoire, e seus olhos se encheram de lágrimas.
A imagem tremeu e desapareceu.
Estavam no hall de entrada de Grimmald Place e, por um momento, eles pensaram que estavam de volta, mas logo perceberam Gina, Harry, Rony e Hermione com vários produtos de limpezas e dezenas de sacolas na mão.
Eles largaram tudo no chão e Harry se aproximou do quadro da mãe de Sirius com cautela.
— Espero que Almofadinhas não fique bravo comigo por isso. – disse Harry apontando a varinha para o quadro e franzindo a testa. — Monstro com certeza vai ficar.
— Bom, não nos importamos com o que aquele elfo pensa, então está de boa. – Diz Sirius, mau humorado.
— Sirius. – Dumbledore manda ao animagos um olhar de aviso.
Na memória, o quadro da Sra. Black e incendiado e a mulher some da pintura. Sirius balança a cabeça, incrédulo.
— Vamos reformar a casa inteira? – Pergunta Ron com um olhar de nojo para as aranhas que faziam teias no teto. A Ordem riu um pouco e Harry assentiu.
A imagem tremeu e desapareceu.
Harry estava em um escritório no Ministério da Magia e lia um documento com atenção. Não tinha mais do que vinte e cinco anos, mas parecia uma pessoa importante. De repente, as chamas da lareira se iluminam de verde e um Teddy de não mais que sete anos entra na sala, correndo.
— Padrinho, a Sra Weasley levou a Gina para o hospital! – Ele disse e todos começaram a se mexer com nervosismo. O que teria acontecido com Gina?
O Harry da memória pareceu saber e fez uma cara preocupada e nervosa. Ele guiou o afilhado até a lareira, pedindo que fosse até a casa de Rony e até A Toca para chamar o resto da família. E aparatou quando Teddy desapareceu entre as chamas.
A imagem tremeu muito menos dessa vez e o novo cenário era um quarto hospital.
Gina estava deitada em uma cama e todos relaxaram e sorriram quando viram que ela segurava um bebê nos braços. Harry estava sentado ao lado dela na cama e olhava para o menino com uma emoção tão forte nos olhos que a Ordem se sentiu impelida a desviar o olhar de um momento tão privado. Mas o que Harry disse em seguida atingiu o coração de Sirius em cheio.
— Meu filho, James Sirius Potter– Estava claro que Harry falava aquilo com tanto orgulho que a voz dele tremia. O menino sorriu, banguela, enquanto Sirius murmurou:
— Harry nomeou o filho depois de mim.
— Claro que sim! – Disse Remus, feliz.
A imagem tremeu e desapareceu.
Outra vez estavam em um quarto de hospital. Dessa vez, Gina estava adormecida ao lado de um menino de quatro anos com cabelos pretos bagunçados, que a Ordem reconheceu como James Sirius. Mesmo dormindo, todos puderam ver que aquele era um Maroto dos pés à cabeça. Harry ninava outro bebê recém-nascido.
A imagem tremeu e desapareceu.
Estavam no escritório do diretor, em Hogwarts e Minerva (uma versão muito mais velha dela) passava por Harry, dando uma pequena pausa para abraçá-lo e sorrir para o menino.
Harry tinha o recém nascido nos braços e olhava para dois quadros na parede atrás da escrivaninha. Todos olharam em choque para Albus Dumbledore e Severo Snape, que estavam retratados em dois quadros. Ele olhou para os dois e disse:
— Olá, Albus; olá, Severo. – Dumbledore sorriu para ele, mas Snape olhou para a criança no colo de Harry e disse:
— Mais uma cria, Potter?
— Sim, Severo, mais uma. – Harry respondeu com paciência, mais do que Sirius, que rosnara para o professores de poções ao seu lado. O afilhado, no entanto, apenas disse com um sorriso. — Esse é Albus Severo Potter.
Os dois pareceram surpreendidos, mas o quadro de Albus disse com a voz embargada:
— Estou me sentindo o mais honrado dos homens, meu rapaz. Obrigada, Harry.
O próprio Albus tinha lágrimas nos olhos.
O quadro de Snape pareceu estático enquanto observava o bebê.
Todos da Ordem se encaravam em choque total. Harry nomeara seu filho depois de Snape. O próprio estava sem reação. A certeza de que ele sabia sobre Lily o abateu rapidamente. Na memória, o mestre de poções parece tocado, mas retruca:
— Eu não fiz tudo aquilo por você.
— Não. – concordou Harry. — Você fez por ela e por amá-la do jeito que amou eu vou ser eternamente grato. Além disso, ele é o único que herdou os olhos dela.
O rosto do quadro se suavizou como fizera extremamente poucas vezes na vida e Severo disse:
— Fico honrado que tenha dado meu nome para o seu filho.
— Obrigada por me dar suas memórias– Disse Harry simplesmente.
— Eu te mandei para a morte! – Disse o Snape do quadro.
— Você me mandou para o meu futuro– Corrigiu Harry com calma. — Apesar de não saber que faria isso.
Todos encaravam Snape, chocados, exceto por Dumbledore. O homem apenas olhava para Harry. Quem estava querendo enganar falando que ele era parecido com James?
A imagem tremeu e desapareceu.
Outra vez viram o escritório do diretor, mas agora havia apenas uma garotinha ali. Ela estava parada e olhava para o quadro de Severo com um sorriso.
— Olá, meu nome é Lily Luna Potter. – Disse a garota. O quadro pareceu assustado por um momento, mas se suavizou e Snape disse:
— Eu me chamou Severo Snape.
— Posso te chamar de Sev? – Perguntou a menininha, que não tinha mais que três anos. Dessa vez, ambos os Snapes, passado e quadro, pareceram assustados. O quadro falou:
— Pode, sim.
— Legal. – Disse a menininha.
A imagem tremeu e desapareceu.
Harry amarrava uma gravata em frente a um grande espelho no que Sirius reconheceu como o antigo quarto de sua mãe.
— Monstro. – Harry chamou de repente e o elfo surgiu com um CRACK. Harry sorriu para ele e pediu. — Pode chamar Gina no andar debaixo para mim? Muito obrigada.
O elfo sorriu para Harry e a Ordem encarou o Potter, embasbacada.
— Como ele conseguiu?! – Perguntou Sirius, tonto.
— Ele está sendo gentil. – Respondeu Dumbledore simplesmente.
Depois de um tempo, Gina apareceu no quarto e foi até Harry sem falar uma palavra. A Ordem notou que tanto Gina quanto Harry usavam roupas formais pretas e começou a se preocupar. Começou a fazer a gravata dele. Quando terminou, apoiou as mãos para o peito do marido, que acariciou a cintura dela com carinho.
— Faz dezessete anos que eles se foram. – ela murmurou. — Dezessete anos que aquilo acabou.
 Eu também sinto falta deles. – Harry disse. Sirius reparou no calendário em cima de uma cômoda. 2 de maio de 2015.
A imagem tremeu e desapareceu.
Estavam nos jardins de Hogwarts. Dezenas de pessoas vestiam preto e os alunos, ao que parecia, não tinham aulas. Todos estavam indo em direção a uma mureta entre a floresta proibida e os jardins da escola, ela batia no quadril de Sirius. Olhando-a mais de perto, a Ordem arquejou. Uma das placas de metal grudadas na pedra da mureta estava escrito:
Remus John Lupin 1960-1997 (38 anos)
Pai amado e um dos melhores homens que já passaram por esse mundo.
A outra, bem ao lado:
Ninfadora Lupin 1972-1997 (25 anos)
Mãe amada, a melhor Auror, a mais divertida das amigas e filha querida.
Seguida dessa:
Fred Weasley 1978-1997 (19 anos)
Amigo leal, filho amado, o melhor irmão e o maior Maroto dessas escola.
E outras
Sirius Orion Black 1960-1995 (35 anos)
Maroto original, o maior amigo e melhor padrinho, morto no DM.
James Potter 1960-1981 (21 anos)
Melhor amigo, verdadeiro Grifinório, o mais dedicado pai e marido. Amo você.
Lily Potter 1960-1981 (21 anos)
Amiga amada, a melhor mãe e esposa e a pessoa mais doce e boa do mundo. Amo você.
Regulus Arthuro Black 1961-1979 (18)
Um garoto que deu sua vida para garantir que Voldemort não triunfasse.
E muitos outros memoriais se estendiam, cercando a floresta. A Ordem observou, chocada, alguns centauros virem de dentro da floresta prestar homenagens a seus próprios mortos. Uma placa chamou a atenção da Ordem.
Aqui estão as lembranças daqueles que morreram para garantir que nosso mundo fosse melhor.
O diretor de Hogwarts tinha lágrimas de alegria nos olhos. Ele observava a família gigantesca que estivera atrás do grupo o tempo todo. Sirius viu toda a família Weasley/Potter/Lupin/Granger junta e não conseguiu mais conter as lágrimas. Todos choravam. Remus e Tonks apertaram as mãos ao ver que o filho já tinha 17. Todos da Ordem observaram a família.
Andrômeda parecia melancólica e muito mais velha e sofrida do que era agora. Ela certamente tinha perdido muito para a guerra.
Viram Arthur e Molly juntos e velhinhos.
Viram Gui e Fleur com seus filhos Victoire (15), Dominique (13) e Louis (11).
Viram Carlinhos sozinho, mas feliz.
Viram Percy com Audrey olhando para a placa de Fred. As duas filhas Molly (13) e Lucy (11), olhando seus primos mais novos
Viram George e Angelina chorando. Seus filhos, Fred II e Roxanne parecendo muito tristes ao vê-los daquele jeito.
Viram Rony e Hermione se abraçando com lágrimas nos olhos. Seus filhos Rose (11) e Hugo (7), quietos e abraçados juntos.
E viram Harry e Gina, também abraçados e chorando um nos braços do outro. Seus filhos, James Sirius, Albus Severus e Lily Luna não estavam a vista, mas voltaram momentos depois dizendo que foram visitar os túmulos do professor Dumbledore e do professor Snape (Sev, no caso da pequena Lily)
A imagem tremeu e desapareceu.
Estavam em King's Cross. A Ordem olhou para Harry, que apressava Albus Severus a entrar no trem. Eles se entreolharam e sorriram quando ouviram o garoto perguntar, apreensivo:
— E se eu for para a Sonserina?
Harry franziu a testa para o filho com um sorriso e uma expressão suave no rosto. Ele disse:
— Albus. Severo. Potter– Ele separou cada nome. — Você tem o nome de dois grandes diretores de Hogwarts. Um deles foi da Sonserina. E foi o homem mais corajoso que já conheci.
Albus pareceu impressionado, mas ainda assim perguntou:
— Mas se eu for para a Sonserina...
— Então a casa Sonserina irá ganhar um maravilhoso jovem bruxo.  Harry sorriu. — Mas se é tão importante para você ir para a Grifinória, pode pedir ao Chapéu Seletor, ele leva sua opinião em consideração. Agora vai.
Harry acompanhou o trem até ele sair da plataforma e acenou até que o trem saísse de vista. Ficou ali mesmo depois que os outros pais foram embora e só sobraram ele, Gina, Ron e Hermione. E a Ordem, que observava a tudo, atenta.
— Ele vai ficar bem– Disse Gina para o marido.
— Eu sei. – Disse Harry levando a mão até a cicatriz. A Ordem observou os dois casais indo embora e, quando a imagem tremeu e desapareceu, eles foram puxados para a escuridão.
Acordaram horas depois em seus quartos em Grimmald Place e Hogwarts, sem lembrar do que viram, mas com a esperança renovada de alguma forma.

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